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Guia para garantir qualidade em cuidados paliativos em oncologia

cuidados paliativos em oncologia 1
Natalia Hoerlle
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Os cuidados paliativos em oncologia se focam em como garantir a qualidade do tratamento ao paciente, e não exatamente no tempo de duração da sua vida. Assim, oferecer uma assistência humanizada, compreensiva e que promova uma sensação de segurança e conforto ao paciente nas fases finais da sua doença faz com que ele possa viver da melhor maneira possível com seu problema. 

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De forma resumida, os cuidados paliativos em oncologia focam no bem-estar do paciente e não na doença. O pensamento paliativista aceita a morte, mas não faz dela uma maneira de desistir da vida, e sim uma forma de o paciente aproveitar da melhor maneira seus últimos dias. 

Nesse processo, a qualidade da assistência, a presença da família e outros pontos são cruciais para que o paciente tenha o melhor tratamento garantido. Mas como é possível oferecer qualidade em cuidados paliativos em oncologia? O que é considerado qualidade nesse cenário? 

Nesse texto vamos abordar esses tópicos e entender como a tecnologia pode transformar 一 para melhor 一 a jornada do paciente oncológico no estágio final do seu tratamento. 

O que é qualidade em cuidados paliativos em oncologia?

cuidados paliativos 1

Os avanços da ciência e da tecnologia aplicada à saúde permitiram a disseminação de conhecimentos a respeito do tratamento e diagnóstico dos pacientes. A forma de cuidar foi evoluindo ao longo dos anos, permitindo que os profissionais adotassem técnicas e processos para garantir um atendimento muito mais humanizado, simplificado dentro das suas complexidades e, claro, eficiente.  

Para que a segurança do paciente seja garantida e a qualidade do cuidado seja estabelecido, o relatório “Crossing the Quality Chasm: A New Health System for the 21st Century”, traduzido livremente para “Cruzando o abismo da qualidade: um novo sistema de saúde para o Século 21”, do  Institute of Medicine dos Estados Unidos, estabeleceu algumas metas para nortear a assistência nas instituições de saúde.  

Não só para garantir os cuidados paliativos em oncologia, mas em todos os atendimentos prestados, a partir dessas metas pode-se dizer que a assistência, de fato, tem qualidade. São elas:

  • Segura: a segurança do paciente deve ser a preocupação principal de todo atendimento. Tudo que deve ser feito para que o paciente não sofra danos desnecessários, estabelecendo regras de segurança e protocolos para que ele não saia da instituição com mais um problema além do que lhe causou a hospitalização.  
  • Efetiva: garantir que a assistência prestada tem como base evidências científicas, tendo certeza de que o atendimento correto está sendo feito para que o paciente alcance seus objetivos. Não cometer excessos ou faltas e pautar sempre pelo atendimento correto, conforme os protocolos.  
  • Centrada no paciente: o paciente deve ser capaz de decidir sobre qualquer intervenção durante seu tratamento. Suas dúvidas, vontades e necessidades devem sempre ser levadas em consideração pela equipe. Se existe a possibilidade de fazer diferente, a opinião do usuário deve ser ouvida para que haja a melhor tomada de decisão.  
  • Oportuna: o atendimento ao paciente deve ocorrer no tempo certo para que seus objetivos com o tratamento sejam alcançados. Perdas ou atrasos devem ser evitados, tanto pelo paciente quanto pela equipe.  
  • Eficiente: o atendimento deve ser racional, sem desperdícios ou excessos. O gasto de recursos sem necessidade faz com que a instituição perca ao mesmo tempo em que nenhum resultado é agregado ao tratamento do paciente. Deve-se evitar o uso indevido de medicamentos, equipamentos, leitos e até recursos humanos.  
  • Igualitária: a qualidade da assistência em saúde deve ser prestada de maneira igualitária a qualquer pessoa que precise de atendimento, independentemente de seu gênero, raça, idade, religião, condição econômica ou característica social ou cultural. 

Além das premissas básicas que citamos acima, para manter a qualidade nos cuidados paliativos em oncologia é preciso de recursos muito mais subjetivos: a presença da família durante o tratamento, o conforto de estar em casa na medida do possível, o cuidado espiritual, entre outros pontos que falaremos no próximo tópico.

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Desafios da assistência em cuidados paliativos em oncologia 

Pensar no tratamento de pessoas fora da possibilidade de cura, por si só, já é um desafio muito grande. Esse desafio se torna ainda maior quando o cuidado inclui aspectos psicossociais, tanto relacionado ao paciente e sua família, quanto ao profissional que presta a assistência.  

No entanto, outros pontos podem prejudicar essa jornada de atendimento do paciente paliativo: problemas de comunicação com o paciente, a escolha de um cuidador entre os familiares, apego aos pacientes, falta de tempo da família ou de profissionais qualificados, etc. 

Como falamos, o tratamento em pacientes paliativos engloba diversas questões mais subjetivas e sensíveis. O trabalho do time assistencial nos cuidados paliativos em oncologia são diversos e, por esse motivo, outros desafios podem surgir ao longo do tratamento. O suporte oferecido nesse sentido pode ter vários objetivos e particularidades:  

  • Controle dos sintomas: aliviar os sintomas físicos, a dor e o estresse do tratamento, oferecendo suporte físico, emocional, mental, social e espiritual ao paciente. Isso ajuda o paciente a se sentir mais confortável com seu tratamento. 
  • Homecare e internação do paciente: Em casa ou durante a internação, a equipe deve estar envolvida no suporte do cuidado ao paciente paliativo e de sua família. 
  • Cuidado espiritual: Cada pessoa possui suas crenças e necessidades espirituais e parte dos cuidados paliativos em oncologia também passam por deixar o paciente tranquilo para que se despeça da vida de acordo com o que acredita.  
  • Contato com familiares: Manter o contato com a família informando sobre a condição do paciente, possibilitando o compartilhamento de sentimentos e também proporcionar um momento de escuta da família para que encontrem alívio. 
  • Coordenação dos cuidados: Entender se todos os aspectos que englobam o paciente estão sendo cumpridos. Certificar-se de que a equipe interdisciplinar possui as informações necessárias sobre o paciente e que sempre o paciente poderá contar com um profissional, 7 dias por semana, 24 horas por dia, mostrando que ele e sua família não estão sozinhos.  
Desafios nos cuidados paliativos em oncologia e a qualidade no atendimento ao paciente.

A garantia da qualidade nos cuidados paliativos em oncologia  

Para garantir a qualidade do atendimento prestado ao paciente é preciso ter uma equipe muito bem treinada, profissionais proativos e empáticos e uma estrutura confortável que proporcione bem-estar ao paciente. Além disso, a tecnologia, nesse sentido, pode ser a grande aliada dos profissionais durante a jornada de cuidados paliativos em oncologia no seu dia a dia de trabalho. 

Para avaliar a qualidade da assistência e evitar desperdícios, entre outros pontos, o uso de tecnologia facilita a percepção dos profissionais sobre o que vai bem e o que vai mal durante o atendimento prestado, entendendo algumas das necessidades básicas do paciente de maneira simplificada.  

A plataforma de Process Mining, por exemplo, faz um mapeamento dos processos que englobam esse tipo de cuidado para que a equipe entenda os fluxos que constroem seu dia a dia de trabalho. Além disso, a solução permite a visualização de não-conformidades com o tratamento, desvios e desperdícios de recursos, a partir de regras criadas. Dessa maneira é possível controlar os protocolos e linhas de cuidado estabelecidas para saber se tudo está seguindo conforme o planejado.  

Por meio de um kanban a equipe visualiza de forma transparente e em tempo real o que está acontecendo na instituição. Combinado a isso, de maneira prática, o profissional consegue avaliar o custo-efetividade dos cuidados paliativos em oncologia, monitorando os tempos de cuidado para entender a qualidade da assistência prestada.  

Assim, visualizando todos os processos que fazem parte desse tipo de cuidado, os centros oncológicos conseguem reduzir custos assistenciais, promover o melhor cuidado ao paciente e permitir que os profissionais otimizem seu tempo de trabalho. Com a automação dos processos a equipe assistencial pode dedicar-se a funções que realmente são necessárias e não reduzir sua produtividade com atividades repetitivas.   

Quer entender como é possível garantir a qualidade do cuidado paliativo em oncologia com o auxílio de tecnologia? Fale com um especialista da UpFlux.

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Natalia Hoerlle
Escrito por:
Natalia Hoerlle
Escritora e Product Owner UpFlux. Enfermeira, Pós Graduada em Gestão, Inovação e Serviços em Saúde pela PUC-RS e MBA Data Science and Analytics pela USP.
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