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Governança Clínica: 4 pilares para alcançar a excelência

governanca clinica
Natalia Hoerlle
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A governança clínica, ou governança assistencial, possui um papel fundamental para o sistema de saúde, já que quando executada de forma eficiente melhora a segurança assistencial, experiência do paciente e contribui diretamente na gestão de custos hospitalares. Porém, para gerar resultados positivos, esse modelo de gestão deve ser executado com base em alguns pilares.  

Embora muito discutido entre profissionais e comunidades médicas, algumas instituições ainda enfrentam dificuldades na implementação eficiente da Governança clínica em um ambiente complexo e incerto, uma vez que a alta variabilidade na jornada dos pacientes implica na dificuldade da monitoração dos padrões de excelência e de qualidade da assistência. O seu projeto de governança clínica tem gerado resultados satisfatórios?

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Para alcançar o objetivo da governança assistencial, hospitais e clínicas precisam motivar o comprometimento dos gestores e profissionais no seguimento correto das normas estabelecidas, analisando não só os resultados quantitativos de um atendimento, mas todos aqueles que impactam no desfecho de uma jornada. 

Além disso, é de extrema importância valorizar a comunicação ágil e simples entre todas as equipes e setores, com rápido acesso à informação. Quer saber como podemos alcançar a excelência no cuidado a partir da Governança Clínica? É sobre isso que vamos falar hoje! 

O que é Governança Clínica?

A governança clínica é um conjunto de estratégias e práticas adotadas por instituições de saúde para garantir que o atendimento prestado seja de alta qualidade, seguro e alinhado às necessidades dos pacientes, buscando a um alto padrão nos atendimentos e a excelência clínica.

A Governança Clínica é uma estratégia que surgiu em 1997, no Reino Unido. A proposta trazia decisões clínicas para um ambiente organizacional e gerencial. Foi estabelecido, dessa forma, por meio da governança clínica, um modelo de gestão hospitalar focado nas melhores práticas nacionais e internacionais para atendimento, colocando o paciente no centro de todo tratamento.

A governança clínica é um termo que abrange diferentes pontos, todos focados em adotar os mais altos padrões de excelência para proporcionar o melhor atendimento. Através disso, entrega valor em saúde, reduzindo desperdícios e aumentando a qualidade dos processos.

Mas para chegar ao resultado de uma gestão mais comprometida e de resultados melhores para pacientes, é preciso adotar estratégias que envolvam profissionais de saúde e gestores em torno do mesmo objetivo. Somente assim é possível reduzir falhas assistenciais.

Os 4 Pilares da Governança Clínica

A Governança Clínica é guiada por 4 pilares de qualidade: Experiência do Paciente, Gestão de Risco, Efetividade e Eficiência Clínica, Auditoria Clínica

governanca clinica 1

Uma estratégia de Governança Clínica deve ser guiada por alguns pilares de atuação que visam melhorar a eficiência global da instituição, já que possuem impacto direto entre si. Esse modelo de gestão é centrado na pessoa e nos resultados obtidos, exigindo comprometimento dos profissionais envolvidos.

Vamos explorar os 4 pilares de qualidade:

1. Experiência do Paciente

A execução dos processos impacta diretamente na experiência do paciente, sendo ela positiva ou negativa. A Governança Clínica prevê que os processos assistenciais e de apoio devem ser desenhados a fim de atender as expectativas e entregar uma experiência satisfatória ao paciente. 

No conceito de governança assistencial temos o paciente como centro do atendimento. Ou seja, a equipe multidisciplinar deve considerar sempre as expectativas e prioridades do paciente e seus cuidadores, entendendo quais são suas principais preocupações para avaliar e  promover um cuidado adequado. 

indicadores no pronto atendimento

O cuidado coordenado é fundamental para garantir a melhor experiência do paciente, já que busca organizar todos os recursos disponíveis para realizar as atividades necessárias e promover a assistência adequada ao paciente, como profissionais e tecnologias. Embora muito importante, a implementação do cuidado coordenado é desafiada por alguns fatores como: 

  • A responsabilidade do cuidado é compartilhada, dificultando a descoberta da causa raiz de um desfecho negativo; 
  • A ausência ou problemas no relacionamento entre os profissionais podem causar atritos na comunicação; 
  • Tempos e esforços adicionais com transição de cuidado e consultas geralmente não são reembolsados; 
  • A maioria das práticas de atenção primária não possui equipe ou tecnologias necessárias para coordenar o atendimento de forma eficaz.

Nesse ponto, é importante ressaltar o quanto a qualidade técnica e o tratamento humanizado da equipe de assistência médica fazem a diferença na experiência do paciente. Por esse motivo, os gestores devem sempre incentivar o aperfeiçoamento profissional dos colaboradores e criar um ambiente propício para esse desenvolvimento. Além disso, implantar práticas de humanização e fortalecer vínculos com os pacientes são algumas das formas de garantir mais qualidade de vida dentro das possibilidades de um atendimento.

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A coordenação do cuidado em sua instituição é eficiente? Quais tecnologias você tem usado para compartilhar informações sobre o cuidado dos pacientes? Assista ao vídeo e entenda sobre como a tecnologia auxilia a melhorar a gestão e governança clínica.

Leia também:

2. Gestão do Risco

O ambiente hospitalar tem riscos inerentes. Por isso, é de suma importância que hospitais e clínicas estudem e avaliem os fatores que podem impactar direta e indiretamente nos resultados da Governança Clínica, permitindo a correção ágil desses problemas. Desse modo, é importante que exista uma cultura de transparência e de responsabilização da equipe envolvida. Controlar todos os fatores que podem impactar nesse processo é primordial para a segurança do paciente.

São apenas alguns dos fatores importantes a se analisar:

  • Consumo inadequado de materiais, exames e medicamentos;
  • Entender todos os fatores que eventos o tratamento e que podem influenciar em seu resultado;
  • Avaliar o que pode dar errado ou falhar durante o atendimento como eventos adversos ou infecções hospitalares;
  • Levar em consideração outros eventos que já aconteceram anteriormente;
  • Utilizar sistemas que ajudam a reduzir riscos e falhas.

A dificuldade da equipe clínica para identificar e avaliar ofensores de riscos aos processos assistenciais é um problema muito comum. Para isso, é muito comum notar uma visão retrospectiva do processo, analisando os eventos que impactaram na jornada a partir de notificações e reuniões de discussão. Porém, é importante também analisar de forma prospectiva, direcionando esforços para evitar riscos. 

3. Efetividade e Eficiência Clínica

De forma didática, a efetividade clínica trata-se do desfecho de um atendimento, isto é, o resultado entregue. Já a eficiência se refere à relação entre o benefício oferecido e seu custo. Nesse sentido, as instituições precisam avaliar quais modelos trazem melhores desfechos, e identificar sua motivação. Esse pilar é fundamental para a eficiência da Governança Clínica. 

Para tanto, faz-se necessário o uso de metodologias e soluções inteligentes que auxiliem os gestores a identificar os modelos de fluxos hospitalares mais eficientes e com melhores desfechos. Ou seja, todos os resultados precisam ter evidências de efetividade e eficiência para o paciente. Tudo deve ser baseado em dados de qualidade e reconhecidos por entidades de saúde como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nesse cenário, é preciso prezar pelas condutas cientificamente comprovadas, pelo conhecimento dos profissionais de saúde e pela melhor melhoria constante dos processos que serão aplicados.

Seu hospital possui projetos em Lean Healthcare? A aplicação da metodologia Lean para instituições de saúde pode acelerar resultados e reduzir variabilidades e desperdícios ao longo do percurso assistencial, melhorando também o giro de leitos e tempos no cuidado.

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4. Auditoria Clínica

A auditoria clínica é um processo que verifica se os serviços de saúde estão sendo realizados corretamente e conforme os padrões estabelecidos, buscando garantir a excelência no atendimento ao paciente.

A auditoria clínica avalia a execução dos processos visando a melhoria contínua, a fim de aprimorar os resultados de qualidade e eficiência da assistência. Para um processo assertivo, a instituição deve dispor de uma equipe preparada e tecnologias que suportem a análise da realidade dos processos na saúde a partir do tratamento dos dados coletados, isto é, apresentando a realidade do hospital de uma forma que faça sentido para os auditores e alinhado a estratégia da Governança Clínica. 

Após essa análise, o debate e divulgação dos resultados permitirá a melhoria dos processos, entregando maior eficiência à estratégia de Governança Clínica. A fiscalização, ou acompanhamento, são geralmente feitos por sistemas de qualidade que focam no valor que é entregue durante o atendimento.

A auditoria clínica contribui também para a conquista de modelos de certificação e acreditação, que entregam mais valor e boa reputação para os serviços do hospital. Esses modelos comprovam que o hospital segue os padrões de excelência e requisitos em qualidade e segurança no atendimento. 

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Mais eficiência para a Governança Clínica

A alta complexidade de processos assistenciais e de apoio em ambientes hospitalares implica em maior dificuldade na monitoração dos quatro pilares propostos, já que muitas instituições não possuem tecnologias adequadas para trazer maior eficiência para a Governança Clínica. 

Nesse cenário, a mineração de processos surge como uma solução para entregar maior agilidade na análise de eficiência da experiência do paciente, gestão de risco, eficiência clínica e auditoria de contas médicas

A mineração de processos permite a análise profunda e obtenção de insights sobre a realidade dos processos assistenciais e de apoio, entregando maior agilidade para projetos de melhoria de acordo com a estratégia de governança clínica.  

A Vital Assistência e Gestão está utilizando Process Mining para apoiar a melhoria contínua de atendimentos em UPAs, colaborando na governança assistencial. Com UpFlux, Dr. Vinicius Menezes consegue identificar a volumetria, tempos do processo e custos em 100% dos atendimentos. Além disso, é possível avaliar de forma automática o grau de conformidade em relação aos protocolos assistenciais definidos na ferramenta.

A UpFlux Process Mining é uma plataforma cognitiva e inteligente que utiliza mineração de processos para identificar e analisar a eficiência de processos na saúde, já sendo utilizada por hospitais em todo o Brasil, como Hospital A.C.Camargo, Rede Dasa, Rede Santa Catarina, Unimeds, Rede Ímpar, entre outros…

Quer saber como você pode melhorar a qualidade e experiência do paciente? Agende uma conversa com um especialista para saber como a UpFlux Process Mining pode ajudar a sua instituição ou clique no banner abaixo e conheça a solução para hospitais e clínicas.

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Natalia Hoerlle
Escrito por:
Natalia Hoerlle
Escritora e Product Owner UpFlux. Enfermeira, Pós Graduada em Gestão, Inovação e Serviços em Saúde pela PUC-RS e MBA Data Science and Analytics pela USP.
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