Proporcionar o bem-estar 360º ao paciente, independentemente da sua condição, é um dever de todo profissional da saúde. Nesse sentido, os cuidados paliativos se referem aos cuidados prestados ao paciente com doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade da sua vida. Seu objetivo é a prevenção e o alívio ao sofrimento a partir da avaliação minuciosa do tratamento da dor e de outros sintomas físicos e psicológicos, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).
Embora hospitais e centros oncológicos tenham protocolos e linhas de cuidado estruturados para cuidados paliativos, as equipes enfrentam muitos desafios ao tentar avaliar a qualidade da Jornada do Paciente, assim como realizar a análise crítica e descobrir a causa raiz do aumento de tempos, custos e baixa satisfação do paciente.
É o caso da sua instituição? Nesse artigo vamos te mostrar como avaliar a qualidade dos cuidados paliativos!
O que são cuidados paliativos?
Os cuidados paliativos na assistência à saúde são feitos sempre que o tratamento de uma doença grave não está mais gerando resultados, e é preciso começar a dar mais qualidade e bem-estar à pessoa no estágio final da sua vida. Para isso, os profissionais focam em um suporte multidisciplinar que auxilia no cuidado físico, mental, espiritual e familiar desses pacientes por meio de diretrizes que estabelecem a qualidade desses cuidados.
Nas últimas décadas, o assunto vêm sido amplamente discutido na área da saúde, tanto da visão dos pacientes, quanto dos profissionais envolvidos. Em 2001, o Institute of Medicine (Instituto de Medicina), dos Estados Unidos, publicou um relatório que permitiu a clareza de como atingir a qualidade em processos assistenciais, assim como em cuidados paliativos.
O relatório intitulado “Crossing the Quality Chasm: A New Health System for the 21st Century” (Cruzando o Abismo da Qualidade: Um Novo Sistema de Saúde para o Século 21) trouxe seis metas a serem cumpridas para que a assistência seja considerada de qualidade. Nesse contexto, o cuidado aos pacientes deve ser:
- Seguro: evitar que os pacientes sofram danos desnecessários causados pelos processos a qual foram submetidos;
- Efetivo: os cuidados paliativos devem ser realizados com base em evidências científicas, fazendo a coisa certa para quem precisa. Ou seja, não podemos cometer excessos, e sim fazer a coisa certa, para o paciente certo, na hora certa;
- Centrado no paciente: O paciente e sua família devem ser ativos e participar das decisões sobre o cuidado, sendo consultados sobre as ações que irão impactar no tratamento;
- Oportuno: qualquer perda ou atraso de tempo deve ser evitado a todo custo;
- Eficiente: não consumir recursos sem real necessidade, assim como medicamentos, exames, uso de equipamentos e recursos humanos;
- Igualitário: entregar o mesmo nível de qualidade para todos os pacientes, independente do seu gênero, raça, idade, religião ou qualquer fator socioeconômico e cultural.
Quais métricas sua equipe monitora para avaliar a qualidade do cuidado paliativo ao paciente?
Desafios na avaliação da qualidade
Você concorda que por trás de uma experiência ruim do paciente existe um processo ineficiente? Nesse sentido, se um paciente apresentou baixa satisfação em relação aos cuidados paliativos, devemos analisar qual foi a ineficiência. Certo?
Muitas instituições já possuem sistemas de informação que colaboram na apresentação de métricas relevantes para a avaliação da qualidade. Essas tecnologias, como a de Business Intelligence, atuam como um termômetro: indicam que há ineficiências no processo. Porém, falham ao tentar mostrar o que aconteceu de fato na jornada.
Com inúmeros dados que não informam os problemas reais e processos que não atendem a expectativa dos pacientes, a equipe multidisciplinar enfrenta um segundo desafio: descobrir as ineficiências da jornada do paciente paliativo.
A visão dos profissionais da equipe multidisciplinar é fragmentada, e precisamos exercitar a visão sistêmica. A equipe deve analisar a experiência do paciente, identificando como se entrega valor, onde a instituição perde dinheiro, onde existem retrabalhos, desvios e uso desnecessário de recursos.
Dra. Nancy Yamauchi – Enfermeira e Consultora no Consórcio Brasileiro de Acreditação e na Patient Centricity.
Nesse momento, a equipe se reúne para mapear os processos e tentar encontrar a causa raiz dos problemas que as tecnologias sinalizaram. Mais desafios surgem: consumo excessivo de tempo e esforços que não irão gerar conhecimento suficiente para implementar uma melhoria de eficiência na jornada.
É então que a tecnologia de Process Mining entra em ação para te ajudar a descobrir o motivo das ineficiências, consumindo o mínimo de recursos possível. Essa tecnologia, orientada pela Inteligência Artificial, tem o objetivo de fazer a mineração dos processos, identificando automaticamente as ineficiências da jornada. Saiba mais sobre essa solução abaixo!
Como avaliar a qualidade dos cuidados paliativos?
Com o cenário atual de sistemas que não traduzem a causa raiz da baixa qualidade nos processos, a tecnologia de Process Mining surge como uma solução: a ferramenta se conecta ao prontuário eletrônico do hospital ou centro oncológico, e faz o mapeamento automático da jornada dos pacientes paliativos, identificando gargalos, retrabalhos e não-conformidades em relação ao preconizado nos protocolos e linhas de cuidado.
- Leia também: Mineração de Processos na saúde
Com essa visualização clara da realidade dos processos, sua equipe saberá exatamente onde aplicar um plano de ação, promovendo assim, uma cultura de melhoria contínua.
“Com a plataforma UpFlux, nós podemos avaliar o custo-efetividade dos cuidados paliativos, monitorar os tempos entre transição de cuidado e ciclos de quimioterapia, e assim, saber exatamente o nível de qualidade que entregamos aos pacientes paliativos”
Dr. Hugo Nora, Oncologista Clínico, Paliativista e usuário da plataforma
Veja abaixo como a plataforma UpFlux faz o mapeamento da jornada do paciente oncológico, identificando os tempos entre processos e retrabalhos.
Nós abordamos esse tema em uma live com os especialistas Nancy Yamauchi, enfermeira, Consultora no Consórcio Brasileiro de Acreditação e na Patient Centricity; Hugo Nora, Oncologista Clínico e Paliativista e Daniel Teixeira, Enfermeiro e especialista em saúde. Confira a live completa sobre cuidados paliativos:
Afinal, o que é Process Mining?
Process Mining é uma tecnologia inovadora que tem o objetivo de entender processos com o uso dos dados já disponíveis em seu sistema de informação, descobrindo como os processos ocorrem na prática e analisando a conformidade em relação ao preconizado. Por meio de uma plataforma inteligente, a solução atua na descoberta de processos, análise de conformidade e otimização constante de todos os fluxos que fazem parte do dia a dia das instituições de saúde. Saiba mais sobre nossas soluções.
Process Mining traz o diferencial de apresentar e mensurar o desempenho e custos dos processos, seja estes assistenciais, clínicos, cirúrgicos ou administrativos. Temos conversado com muitos hospitais, seja equipes de gestores da qualidade, experiência do paciente, lean e eficiência operacional, e os feedbacks do valor entregue tem sido de muito gratificante para UpFlux.
Alex Meincheim, CEO, em entrevista concedida à UpFlux
De forma prática, a plataforma UpFlux atua na análise de conformidade de processos, avaliando sua efetividade no tratamento ao paciente. Dessa forma a instituição de saúde conquista mais produtividade em seus times, reduz custos, otimiza processos e garante um tratamento muito mais adequado a quem necessita.
A UpFlux conta mais de 60 clientes espalhados por todas as regiões do país que contam com essa inteligência de processos para otimizar seus resultados por meio da mineração de processos conectada à inteligência artificial e já identificou mais de sete dígitos em oportunidades de redução de custos.
Melhore a qualidade e eficiência dos processos em Centros Oncológicos
Quer saber mais sobre como a tecnologia Process Mining pode ajudar você a avaliar e melhorar a qualidade do cuidado aos pacientes paliativos?