Para elaborar um planejamento estratégico eficiente de gestão em 2022, primeiramente é preciso entender alguns dos principais indicadores hospitalares que determinam o grau de excelência das instituições de saúde. Analisar continuamente esses números ajuda a organização a aumentar a qualidade de atendimento ao paciente, garantindo uma maior segurança, além de beneficiar o trabalho do gestor hospitalar e de todo o time assistencial.
Recentemente a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou o início dos testes do Programa de Monitoramento da Qualidade da Assistência Hospitalar para janeiro de 2022. Essa é a chance de muitas instituições de saúde mostrarem seus indicadores de qualidade, permitindo que o paciente possa escolher a organização conforme sua excelência assistencial. O programa deve ser concluído até junho de 2022 e, em seu resultado, as instituições serão classificadas em cinco faixas de 14 indicadores hospitalares que medem a qualidade.
A literatura médica mostra os principais indicadores de qualidade dos serviços médicos. Para conquistar as certificações, é preciso seguir um compilado de requisitos que atestem que esses serviços são prestados da melhor maneira possível. Nesse texto vamos abordar os seis principais indicadores hospitalares para otimizar a qualidade operacional e proporcionar maior bem-estar durante a jornada do paciente. Acompanhe!
6 principais indicadores hospitalares
Para crescer de forma sustentável e promover uma boa experiência do paciente, cada instituição possui indicadores que se adaptam a sua realidade diária. No entanto, existem números que demonstram a confiabilidade de hospitais e unidades de saúde. Esses números variam de acordo com a capacidade de cada organização. Monitorar esses indicadores hospitalares significa entender a realidade hospitalar, sabendo qual área tem melhor desempenho e qual pode ser aprimorada.
1. Taxa de ocupação
A partir da taxa de ocupação, o hospital consegue determinar o melhor número de pacientes atendidos e leitos disponíveis em um período de tempo. Todos os leitos desocupados são considerados nesse cálculo, sejam eles pós-operatório, pós-anestésica, berçário, pré ou pós procedimento.
Com o gerenciamento correto é possível saber o perfil de paciente que tende a usar cada tipo de leito, reorganizando recursos de acordo com a demanda de um grupo específico. Se a taxa de ocupação está em número máximo, significa que podem estar faltando leitos, necessitando um investimento em estrutura. No entanto, se a taxa de ocupação está baixa, pode-se interpretar que a instituição possui uma estrutura desnecessária, que gera custos além da demanda.
Outro ponto que impacta nesse indicador hospitalar é o intervalo de substituição. Esse número corresponde ao tempo que um leito fica desocupado, ou seja, seu tempo de ociosidade. Da mesma forma que a taxa de ocupação, o intervalo de substituição alto interfere no atendimento a pacientes que esperam por procedimentos, enquanto o índice baixo não auxilia no desempenho financeiro.
2. Média de permanência
Esse indicador avalia o tempo médio que o paciente permanece internado. Ele mostra também como a instituição está cuidando da gestão de leitos, citada acima. Quanto maior o tempo de permanência do paciente dentro de um hospital, maiores as chances de desenvolver complicações em seu quadro.
Entre outras intercorrências que podem acontecer ao longo da jornada do paciente, o tempo de permanência também pode ser o causador de infecções hospitalares e outros problemas. Isso demonstra que os processos são falhos e que isso impacta diretamente no índice de mortalidade nos hospitais, que falaremos a seguir.
Para detectar a causa raiz desse aumento na média do tempo de permanência é preciso analisar todo o processo do paciente dentro da instituição, verificando situações discrepantes durante a jornada do paciente, como a adesão. A inteligência artificial aliada à área da saúde pode ser um diferencial nesse sentido.
- Recentemente publicamos um artigo sobre o tempo de permanência hospitalar. Leia o conteúdo completo.
3. Taxa de Mortalidade
Quando o número de óbitos vai muito além da normalidade, isso significa que algo não está funcionando corretamente dentro da instituição de saúde, obviamente. A taxa de mortalidade corresponde aos óbitos em um dado período, em diferentes estágios dentro da organização.
A partir desse indicador hospitalar, a organização consegue estabelecer novos parâmetros e diretrizes de segurança e atendimento para melhorar a capacidade operacional, aprimorar os processos do time assistencial e criar novos modelos de gestão para reduzir a incidência de eventos adversos que possam se tornar ofensores à qualidade do cuidado e segurança do paciente.
A taxa de mortalidade também impacta na reputação da instituição e possível judicialização, uma vez que mortes evitáveis evidenciam ineficiências e até negligência médica em vários casos. Monitorar, controlar e gerenciar a jornada do paciente, assim como os caminhos percorridos e materiais consumidos, é essencial para eliminar ofensores e entregar um melhor cuidado. Como seu hospital avalia hoje padrões que resultam em desfechos negativos?
4. Produtividade
Os indicadores hospitalares também podem definir o grau de produtividade das equipes assistenciais e de apoio em hospitais. Nesse sentido, é indispensável entender os padrões de eficiência em processos, bem como quais áreas, especialidades e pessoas têm melhor atuação dentro da instituição. Essa análise é imprescindível no papel de gestor hospitalar.
Assim, os setores que possuem melhores números de produtividade devem ser considerados quando houver novos investimentos na instituição. E as áreas que não possuem bons indicadores devem contar com uma atenção maior do time de gestão, visualizando os gargalos e desvios nesse cenário.
Nesse cenário, algumas metodologias permitem mensurar a produtividade. Uma das principais metodologias utilizados para evitar desperdícios é o Lean Healthcare. O método visa reduzir custos, desperdícios e aumentar a produtividade e o lucro. Outro método que permite o aperfeiçoamento de processos é o Six Sigma, que visa reduzir variabilidades e contribui na mensuração da produtividade na área da saúde.
5. Experiência do paciente
Muitas instituições não tratam a experiência do paciente como um dos indicadores hospitalares. No entanto, a satisfação do usuário está ligada à humanização do atendimento, o que pode revelar erros graves de gestão e processos. Por isso, é preciso valorizar a experiência de quem usa os serviços de uma organização de saúde.
A desospitalização tem se mostrado uma grande aliada da boa experiência do usuário, já que visa um atendimento mais humanizado ao paciente. O método consiste, basicamente, em oferecer um tratamento domiciliar a enfermos que se encontram em situação estável. Essa prática valoriza o respeito à dignidade humana e torna a experiência do paciente melhor e mais adequada.
Aumentar a presença digital e garantir mais praticidade ao paciente em diferentes âmbitos durante o atendimento é essencial para melhorar esse e, consequentemente, outros indicadores hospitalares. Pesquisas de NPS têm muito a dizer sobre a experiência do paciente e podem ser muito significativas para uma tomada de decisão mais estratégica por parte da gestão hospitalar.
6. Indicadores financeiros
Quanto melhor a gestão de recursos do hospital, maior será o retorno financeiro da instituição. Isso significa garantir o gerenciamento inteligente de todos os indicadores hospitalares que já citamos. O faturamento de uma organização de saúde determina as contas a pagar, receber e as glosas por parte das operadoras de saúde. Esse indicador também determina os próximos passos que a instituição pode dar sem ter perdas significativas no seu processo de crescimento.
Nesse sentido, entender os números em relação à rentabilidade, lucratividade, custos e estoque se faz extremamente necessário. Além disso, os dados coletados a partir do setor financeiro também estão diretamente correlacionados a outros indicadores hospitalares como tempo de permanência, ocupação de leitos, entre outros pontos.
Ou seja, para que um gestor consiga corrigir o problema da não entrega a meta financeira de um hospital, primeiramente é preciso que ele entenda exatamente a causa do que está acontecendo. Para isso, é indispensável analisar outros indicadores hospitalares. Já publicamos um conteúdo sobre faturamento hospitalar, clique aqui e confira.
A tecnologia desvendando indicadores hospitalares
Para que haja uma boa gestão, gerenciar e controlar os indicadores hospitalares é essencial. Além de ser um recurso estratégico de crescimento, analisar esses números é também uma maneira de oferecer o melhor atendimento ao paciente e uma estrutura de trabalho mais eficiente para a equipe operacional.
Nesse sentido, existem no mercado ferramentas que auxiliam na gestão de processos e na análise de indicadores hospitalares, gerando insights importantes sobre os dados que são essenciais no dia a dia de um hospital. A plataforma da UpFlux, por exemplo, auxilia unidades de saúde a alcançarem a excelência nos fluxos cotidianos por meio da união de inteligência artificial e mineração de processos.
Para fazer esse trabalho, a plataforma faz um mapeamento de processos, a partir de dados que a instituição já possui, a fim de entender o comportamento dos fluxos operacionais, mostrando onde estão os pontos de melhoria conforme cada indicador.
Dessa maneira, além de indicar o problema, a plataforma também aponta as soluções para que os desafios sejam superados. Quer saber mais sobre nossa plataforma e como ela pode colaborar para melhorar os indicativos hospitalares da sua instituição? Acesse o link ou agende uma conversa com um especialista.